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Equipe do BID constata potencial do Lavid/UFPB para contribuir com desenvolvimento sustentável de JP

Representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) tiveram encontro, na manhã desta quinta-feira (9), com a equipe do Núcleo de Pesquisa e Extensão – Lavid do Centro de Informática (CI) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para conhecer o portfólio de aplicativos e projetos de inclusão digital e social desenvolvidos pelo Lavid. Após visitar a infraestrutura do Núcleo, a equipe da instituição financeira constatou que o Lavid tem expertise para criar soluções tecnológicas que contribuam para o desenvolvimento urbano sustentável de João Pessoa.
publicado: 13/02/2017 13h06, última modificação: 13/02/2017 13h06

O BID vai financiar o Plano João Pessoa Sustentável, que segue os princípios da metodologia Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES), criada pelo banco.

 Acompanhadas do Assessor da Prefeitura de João Pessoa, Adailson Regis, as integrantes do BID, Vanderleia Radaelli e Júlia Ambros apresentaram aos pesquisadores do Lavid as principais linhas de ação que a versão da ICES para a capital paraibana deve contemplar. Essa política de financiamento do banco nasceu em 2010 e foi concebida para cidades médias da América Latina e Caribe que registram importante dinâmica de crescimento populacional e econômico e se encontram em um estágio de desenvolvimento no qual é possível aproveitar suas economias de escala e controlar os custos da aglomeração, melhorando a eficiência dos serviços urbanos.

 Segundo as representantes do BID, uma avaliação do perfil socioeconômico de João Pessoa  sugere que um dos eixos da ICES no município deve ser o fomento ao microempreendedorismo e o investimento na formação do capital humano, já que, conforme observaram, a cidade carece de capacitação massiva de mão de obra de trabalhadores menos especializados que atuam, por exemplo, no segmento de construção civil, na rede de hotelaria e restaurantes.

 Outra prioridade da ICES, na visão do BID, deve ser o engajamento da força de trabalho das mulheres no mercado, seja através do emprego formal ou do empreendedorismo, de modo a reduzir os índices de exclusão do gênero feminino na atividade produtiva, além de buscar formas de combate à violência. A criação de um ambiente de inovação tecnológica mais próspero, objetivando reter o capital humano bastante especializado e, assim, evitar a evasão de excelentes quadros profissionais, deve ser outra meta do governo municipal a ser atingida com a implantação desse projeto, que agora tem o apoio do banco internacional.

 Um eixo não menos importante e que gera autossustentabilidade social e econômica para João Pessoa, de acordo com o BID, é o desenvolvimento de soluções tecnológicas que tragam benefícios diretos para comunidades de baixa renda, envolvendo esses segmentos, direta ou indiretamente, e promovendo a geração de empregos. A equipe do banco ressaltou na reunião com o Lavid  que  a aplicabilidade da tecnologia é o que dá mais significado a sua criação.

 Para se adequar à metodologia de trabalho estabelecida pelo BID, através da ICES, a Prefeitura desenvolveu o Plano João Pessoa Sustentável e aguarda a liberação de 100 milhões de dólares da instituição financeira para viabilizar, em cinco anos, sua proposta de desenvolvimento mais sustentável para a cidade, de modo a evitar, no futuro, conjunturas mais difíceis e soluções de alto custo.

 PROJETOS DO LAVID - Durante a visita a um dos laboratórios do Núcleo Lavid, os representantes do BID e o assessor da Prefeitura foram recepcionados por alunos e pesquisadores que atuam em projetos de inovação tecnológica. 

 No local, eles interagiram com ferramentas computacionais que promovem acessibilidade para pessoas surdas e outras soluções que atendem demandas de grupos sociais minoritários por inclusão digital. Dentre essas inovações está o projeto Suíte VLibras, já disponível para download  em todos os portais do Governo Federal e que gera conteúdos na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), beneficiando cerca de 10 milhões de brasileiros que têm algum grau de deficiência auditiva.

 Também tiveram a oportunidade de conhecer o aplicativo que já está disponibilizado a milhares de famílias beneficiárias do Bolsa Família e inscritas no Cadastro Único do Governo Federal. Trata-se de um canal de TV com aplicações interativas que está sendo exibido para o público-alvo de Rio Verde em Goiás e da Grande Brasília, áreas onde o Governo Federal iniciou o processo de desligamento total do sinal analógico de televisão.

 No laboratório, os visitantes tiveram acesso ao projeto Fogo Player, tecnologia que possibilita a captação e transmissão de imagens em 4K, definição quatro vezes superior a da TV digital brasileira. O sistema pode ser utilizado para projeções com altíssima resolução em eventos esportivos, espetáculos e procedimentos cirúrgicos para fins de educação continuada em telemedicina. Outra particularidade do Fogo Player é que possibilita uma comunicação instantânea entre os envolvidos no evento transmitido e o público, o que reforça a importância do uso no ensino a distância.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com informações da Ascom do CI