PATRIMÔNIO DIGITAL, MOVIMENTOS SOCIAIS E OS MARGINALIZADOS: tecendo redes entre memória e arquivo (2023)

Maria Thereza Monteiro Pereira Sotomayor

Esta tese tem como interesses, refletir sobre as relações de poder historicamente construídas entre grupos que dominam espaços sociais, a memória oficial e os arquivos públicos, e os grupos que foram sendo marginalizados em todos esses espaços. A partir disso, pensamos a memória, os arquivos e seus potenciais usos, tanto de silenciamento quanto de insurgência de pessoas invisibilizadas. Utilizando como corpus da pesquisa as páginas Rio Invisível e SP Invisível, propomos um trabalho de análise de narrativas, categorização e sugestão de modelos de preservação para os registros gerados por esses movimentos sociais do início do século XXI. A preservação dessa documentação tanto garantiria a longevidade do acervo produzido pelo net-ativismo, como também sobre a vida de pessoas em situação de marginalidade social. Dentro desse contexto, há também um interesse de estudo sobre os restos produzidos pela sociedade que, dentro de um sistema excludente por definição, se estendem aos humanos, não permitindo que todos tenham direito à visibilidade e igualdade de direitos, deixando à mercê das mais variadas vicissitudes as camadas da população consideradas descartáveis por não se enquadrarem nos padrões estabelecidos pelas classes dominantes. Procuramos também problematizar a banalização dessa moralidade, inerente ao neoliberalismo, que nos leva a uma autodestruição no âmbito social e ambiental. Realizamos uma
análise sobre o entrelaçamento das mídias e os movimentos sociais, como parte integrante do processo de aparecimento de corpos invisibilizados ou de visibilidade negativa.

Disponível em: http://www.repositorio-bc.unirio.br:8080/xmlui/handle/unirio/13665

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