Maira Cristina Grigoleto – Coordenador
O presente trabalho parte de uma indagação inicial sobre a materialidade da informação. Com o intuito de desenvolver esta idéia, no caso específico da informação necessária para a patrimonialização de um bem, apresentamos uma discussão geral sobre a definição do patrimônio e as instituições que o legalizam. Num segundo momento, focamos nossa observação sobre uma interpretação do documento, no caso, do documento como coisa. Feitas essas considerações passamos a analisar um bem arquitetônico específico: a casa do Presidente Prudente de Moraes localizada na cidade de Piracicaba/SP. Para essa análise, entendemos que deveria ser considerada a construção da imagem da personagem, assim como a descrição do espaço ao qual esteve vinculada. Finalmente, comparamos os processos de tombamento feitos por três instâncias preservacionistas: o IPHAN, o CONDEPHAAT e o CODEPAC. O intuito desta comparação foi evidenciar de que forma é o documento, entendido como um espaço de formas de poder e de materialização de valores, que determina o próprio patrimônio, e não o contrário, como comumente se pensa.
Texto completo disponível em: https://repositorio.unesp.br/server/api/core/bitstreams/f74a063c-6e4a-4727-a8f5-8f417943f848/content

